quinta-feira, 19 de maio de 2011

Dias de 36 horas

Cá entre nós: sabem aqueles dias em que mal dá tempo de beber água ou pausar tudo que se está fazendo para um simples xixi? Pois é! Estou numa dessas fases. A manhã passa correndo, os minutos voam, e quando assusto, já é hora de escovar os dentes, escolher a roupa para trabalhar, almoçar e correr para o ponto de ônibus!

Tudo começa por volta das 7 horas, quando o despertador toca e eu já levando correndo para o banho. Em 20 minutos tenho que tomar café, trocar de roupa e correr para a autoescola (que está quase acabando!). De lá, uma corridinha no calçadão e academia. Pronto, já são 11 horas. E onde está o tempo para ler o jornal? Para ler alguma revista? Que nada... os preciosos minutos são usados para tomar banho, fazer outra troca de figurino e ir para a mesa do almoço.

Fico pensando nas minhas amigas e primas que têm filhos. Deve ser uma loucura ter que dar conta da própria vida e a de outro alguém - principalmente quando esse "alguém" é um pedacinho da gente que ainda não tem vida própria e depende de comandos para se virar. Cruzes! Para a minha manhã render, seriam necessárias mais umas duas ou três horas. Só assim para eu conseguir fazer tudo pausadamente, tendo tempo de pensar nos próximos passos.

Aí vem a dura missão de pegar o ônibus. Só quem depende de transporte coletivo sabe do que eu estou falando: lotações (lotados!) que não passam, gente fumando no ponto, motoristas nem sempre bem-humorados e passageiros nem sempre bem afeiçoados ou cheirosos. É de tirar qualquer chance de bom humor.

Um adendo à vida nos ônibus: por que algumas pessoas (principalmente no fim do dia) se sentam nas cadeiras dos corredores, deixando as das janelas vazias? Na minha opinião, é um traço de egoísmo, de não querer contato com ninguém. Afinal de contas, muita gente fica sem jeito de pedir licença para se sentar ao lado e, com isso, os "folgados" ficam com mais espaço. Mas... melhor isso àqueles sujeitos espaçosos, que abrem as pernas quase em 180º e ainda jogam a bolsa sobre o passageiro ao lado. E o que falar dos perfumes fortes, dos cabelos soltos jogados pelo vento nos passageiros de trás ou dos vendedores de paçocas, canetas e balas? Melhor silenciar.

Bom, vencida essa batalha, ufa!, hora de começar o trabalho. Aí as horas voam, quando me dou conta já anoiteceu. E, logo logo, está na hora de dormir e recomeçar a labuta. Faço uma proposta a Deus: que tal se, na próxima atualização da versão beta do mundo, os dias passassem a ter 36 horas? Seria uma boa.

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