
Às vezes olho ao redor e vejo como as pessoas pecam por excessos. Ora por açúcar demais, tendo uma visão melosa, melancólica, romântica demais de fatos que carecem objetividade; ora por salgar demais as palavras e os significados que poderiam ser saboreados com mais delicadeza. Gente que, não importa o tom, sempre vê na contestação uma afronta e, no silêncio, uma omissão.
E, meu povo, isso é tão normal! Todos nós temos nossos dias de cozinheiros inexperientes, dosando de forma equivocada os temperos do dia a dia. Independe da idade, da riqueza, da posição. Fato é que sempre há aquela quinta-feira mais cinzenta em que os bom-dias não soam verdadeiros e a chuva, ao invés de ser um bálsamo para o calor escaldante, será vista como inimiga da escova progressiva. Que fazer nessas horas?

Mas, não sendo a vida um livro vendido em bancas de revista, que tal apurarmos o paladar? Não sou bom de cozinha, mas penso que no excesso de açúcar ou sal, para tudo é bom acrescentar água. Por água, entendam doses desmedidas de autocrítica, de profunda avaliação pessoal sobre si. Talvez seja necessário mexer mais, apurar melhor o ponto. Mas vale mais a pena que por na mesa um prato que possa ser rejeitado pelos convidados!
E bom apetite.
SEN-SA-TO! Assim te vi ao ler esse texto! AMEI! Muito!
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