
A internet sempre me atraiu. Desde os tempos do Terra/Zaz, com aquele barulhinho típico de conexão discada. Noites e noites navegando após a meia noite, para pagar pulso único. E que ódio eu tinha quando precisava falar com algum amigo e o telefone só dava ocupado, durante dias e dias. Mal sabíamos a revolução que estava por vir. Hoje, seja no celular, seja no trabalho, seja em casa, estou conectado 24 horas. Há prós e contras.
Mas não estou afim de escrever sobre a revolução tecnológica. Nem dizer, aqui, do que acho da privatização da telefonia (que, penso, colaborou com esse boom virtual que vivemos, com melhorias e modernização das linhas). O grande "X" da questão é como a internet serve para sermos o que não somos. Complexo? Talvez. Mas diga lá: não é mais fácil mandar aquela indireta, dar aquela espetada em alguém, usando 140 caracteres? Você manda o recado e, se ler algo que não gostou como resposta, finge que não leu.

Há, nesse universo, os que são contra tudo, contra todos, contra o cosmo e as tendências. Esbravejam dia e noite contra a ingestão da carne, contra o capitalismo, contra os tucanos, contra os petistas, contra o dinheiro, contra o Banco Central. Gente que tem sangue nos olhos ao pensar em FHC, Plano Real, Bovespa. Transformam a "timeline" num campo de socialismo, com toques de comunismo. A qualquer momento, penso que ressuscitarão Che para dominar o mundo. Não sem antes punir Barack, moleque travesso, por estar à frente dos Estados Unidos.

E, nessa multidão de avatares, nicks e linhas do tempo, estou eu e minhas doses exageradas de sarcasmo; com meus rompantes de indignação com lojas que não atendem bem, com ruas que alagam, com promessas de prefeitos jamais cumpridas. Nesse universo de letras soltas ao vento, serve-se de tudo: de veneno a elixir. Sirvam-se à vontade.
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