
A vida é feita de muitas músicas, de acordes distoantes, de valsas lentas e baterias ensurdecedoras. De pronto, penso em Montserrat Caballè, que em 1988 emprestou a voz, junto a Freddie Mercury, à memorável "How can I go on?". A música marcou minha infância - esteve no LP "O melhor internacional de novelas" de 1992, um dos primeiros discos de vinil que lembro-me de ter pedido à mamãe. E eu passava horas e horas voltando a agulha do aparelho de som para ouvir aquela voz. Emocionava-me mesmo sem saber o que estavam cantando.
Na adolescência - não adianta mentir -, fui fã ardoroso de Sandy e Junior. Meu coração se partiu em pedaços quando um grande amor foi embora para longe, e a melosa "Turu Turu" parecia traduzir tudo que eu queria dizera. Só depois que ela se mudou para outro Estado que, por carta, admiti tudo que eu sentia e ocultava em amizade. O tempo passou, e com ele, o amor de juventude se transformou em uma das mais bonitas e fortes amizades que tenho até hoje!
Há bem pouco tempo - mais ou menos uns dois anos -, foi a vez de eu ouvir indiscriminadamente o jovem britânico David Archuleta. Mais uma vez, uma paixão, pensamentos disconexos, razão e emoção em conflito. As músicas que tocam nos meus pensamentos variam conforme a fase, conforme o que estou sentindo. Às vezes durmo com MPB e acordo querendo estar numa pista de dança. Estranho!

Bom, concluo, seria demais exigir que a vida tivesse uma única canção, uma coletânea pré-definida. Afinal, se nem mesmo nossos passos se definem logo que nascemos, porque um só som deveria nos tocar, nos arrebatar? Dia após dia, é bom deixar-se seduzir pelos sons, pelos acordes e vibrações. E, como diria Augusto Cury, "dançar a valsa da vida com as pernas desengessadas". Seja lá o que isso for!
Como sempre... LINDO!!!!!
ResponderExcluirAmo vc sem medidas!!!!