
Todos nós temos nosso cenário de paraíso. A sós ou acompanhados, criamos nossas fantasias, nossos sonhos - e, graças a Deus, muitos deles conseguimos realizar. Não importa se o idealizado é um encontro à beira-mar ou um simples balançar na gangorra de um parque. Se o sonho é grande ou pequeno, rico ou simplório, tanto faz. No fundo da alma, naquela conversa íntima que só conseguimos ter com nossa própria consciência, todos guardamos quimeras.
Que bom que a vida é assim! Não seria possível respirar num mundo que só vibrasse trabalho. Não haveria felicidade em dias que só fossem feitos de fatos irreparáveis, concretos. Impossível acreditar que aqueles que só desejam o que lhes é distante saibam quão gostoso é ser simples. A vida ganha mais cor quando a gente se permite flanar - sem cobranças, sem tanta seriedade.

Mais que isso, viver de modo simples e sem tanto rigor se tornou desafio. Somos tão cobrados pela perfeição, e nos cobramos tanto por superação de metas (às vezes psicológicas, porque estamos quase sempre querendo nos convencer que somos bons), que às vezes deixamos de enxergar o óbvio: viver (bem) não requer tanto esforço!
Nenhum comentário:
Postar um comentário