sábado, 9 de abril de 2011

A ponte, a internet e os pensamentos

Sempre gostei de internet. Desde os tempos em que, para acessá-la, era preciso esperar a meia-noite para pagar pulso único. Época em que o "sinal" caía toda hora, em que era preciso esperar minutos por uma conexão - ouvindo aquele barulho que parecia um zunido enquanto o servidor era localizado pela linha discada.

Acompanhei o surgimento e a queda dos fotologs (eu tinha um, admito), a ascenção do Orkut. Demorei a me render ao Facebook e acho que, muito em breve, ele sepultará minha conta no Orkut - do qual só não me desfiz ainda porque, por lá, posso, de vez em quando, dar uma "olhada" na minha saudosa mãe, já que as últimas palavras dela, e também os últimos registros fotográficos - na neve italiana - ficaram por lá guardados.

A internet sempre funcionou para mim como uma janela para o que há de novo. Conheci pessoas importantes, "deletei" outras que já não tinham qualquer representatividade para mim, passei a seguir e a ser seguido por gente que nem sequer cumprimentei pessoalmente. O ambiente virtual, encantador por natureza, é também território que merece respeito e pede cuidado. Uma palavra mal escrita, um desabafo impensado, um rompante sincero. Tudo pode se tornar impiedoso, motivo de risos ou sérios puxões de orelha.

Mas pode, por que não?, ser este um local de reflexões, um "cantinho pra chamar de meu". Diferente da timeline do Twitter, onde pensamentos têm de ser reduzidos a 140 caracteres e notícias velozes correm à solta, busco uma janela de mão e contramão. Uma abertura que não signifique só aquela janela para o novo que citei ali em cima (de só olhar para fora e ver o que está acontecendo), mas, principalmente, uma janela por onde eu possa arejar, tirar (e atirar) o que fica guardado na sala empoeirada em que a alma se transforma de vez em quando. E - óbvio! - tentarei por à luz as alegrias de um pós-festa, das emoções que a vida oferece todos os dias, abrindo essa janela para o sol entrar e os visitantes observarem.

Aqui no "Fachettoides", posso não ser o Eduardo Fachetti jornalista, repórter, esbaforido por um furo de reportagem, por um lead quente. Este, aliás, terá de ser contido, quiçá amordaçado para não dar as caras no blog. Deixemos as notícias sérias para a hora do expediente, não é?!

Então, vamos ver no que isso vai dar...

PS * Sobre a foto: acho magnífica essa vista de Vitória, pegando parte da Terceira Ponte. E num momento em que crio um espaço de nova ligação com a internet (talvez até comigo), achei que a beleza da nossa Capital seria uma boa representação disso. Estou filosófico...




Um comentário:

  1. Que lindo!!!!!! Como eu disse, palavras me encantam, me libertam, me deixam ser quem eu realmente quero ser. Que bom poder ler as suas também! Seja bem vindo a esse mundinho viciante!!!! Beijo, querido!!!!

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