Para dor de garganta, mel com própolis. Para água no ouvido, álcool. Para pedra nos rins, quebra-pedra. Para queda de cabelo, gema de ovo. Espinha se seca com Minâncora, agulha mata o bicho-de-pé. Para coração ferido, nada melhor do que tempo. Em síntese: para tudo na vida há solução - muitas vezes caseira e sem esforço.
Que atire a primeira pedra quem não possui um telhado de vidro por ter se apaixonado pelo visual (pode ser até por uma foto no Facebook) esquecendo-se de que a vida real tem tato, olfato, paladar e doses graduais de paciência e concessões. Quem nunca relevou pequenos defeitos por acreditar no "para sempre", ou quem aí nunca se odiou passados dias do término de um relacionamento? Difícil!
Mas... tudo na vida passa. Nenhuma dor de dente é infinita, a enxaqueca é curada com repouso e quarto escuro, e basta ir ao banheiro e tomar algum remedinho básico para fazer cessar a dor de barriga. Até o amor, esse efêmero gigante que nos arrebata de estação em estação, passa.
O amor é como a dor de dente, a pedra nos rins, a dor de barriga - só que ao contrário. É um mal como os outros, mas que em vez de aflição e mal-estar, traz alegria; ele inebria, nos toma por completo. Se as dores dos outros órgãos nos pedem remédios para findar, esse tal de amor, que atinge em cheio o coração, precisa de remédio para postergar.
Enquanto estamos adoecidos pelo amor, as contas de celular chegam altas, as noites tornam-se pequenas, aumenta o consumo de pipoca e guaraná no beija-beija da sala de cinema. O amor nos deixa tolos, meio cegos. É um mal que não incomoda. E quando passa, deixa tudo vazio: dias cinzas, carranca no lugar do sorriso. O coração sai do terno outono da plenitude e congela em glacial inverno.
No entanto, tal qual as estações do ano, logo chega o tempo de florir em primavera. E se você, caro leitor, está em convalescença, não se esqueça: para tudo na vida há remédio. É recomendável passar o inverno da alma com doses exageradas de boa leitura, música de qualidade pelo menos três vezes ao dia e uso indiscriminado de autoavaliação. Saia para ver o por do sol, exponha-se às zonas de contágio. O vírus do amor não se repete: a cada crise, virão novos sintomas. Sequelas são inevitáveis. Viva!
Que atire a primeira pedra quem não possui um telhado de vidro por ter se apaixonado pelo visual (pode ser até por uma foto no Facebook) esquecendo-se de que a vida real tem tato, olfato, paladar e doses graduais de paciência e concessões. Quem nunca relevou pequenos defeitos por acreditar no "para sempre", ou quem aí nunca se odiou passados dias do término de um relacionamento? Difícil!
Mas... tudo na vida passa. Nenhuma dor de dente é infinita, a enxaqueca é curada com repouso e quarto escuro, e basta ir ao banheiro e tomar algum remedinho básico para fazer cessar a dor de barriga. Até o amor, esse efêmero gigante que nos arrebata de estação em estação, passa.
O amor é como a dor de dente, a pedra nos rins, a dor de barriga - só que ao contrário. É um mal como os outros, mas que em vez de aflição e mal-estar, traz alegria; ele inebria, nos toma por completo. Se as dores dos outros órgãos nos pedem remédios para findar, esse tal de amor, que atinge em cheio o coração, precisa de remédio para postergar.
Enquanto estamos adoecidos pelo amor, as contas de celular chegam altas, as noites tornam-se pequenas, aumenta o consumo de pipoca e guaraná no beija-beija da sala de cinema. O amor nos deixa tolos, meio cegos. É um mal que não incomoda. E quando passa, deixa tudo vazio: dias cinzas, carranca no lugar do sorriso. O coração sai do terno outono da plenitude e congela em glacial inverno.
No entanto, tal qual as estações do ano, logo chega o tempo de florir em primavera. E se você, caro leitor, está em convalescença, não se esqueça: para tudo na vida há remédio. É recomendável passar o inverno da alma com doses exageradas de boa leitura, música de qualidade pelo menos três vezes ao dia e uso indiscriminado de autoavaliação. Saia para ver o por do sol, exponha-se às zonas de contágio. O vírus do amor não se repete: a cada crise, virão novos sintomas. Sequelas são inevitáveis. Viva!
Grande, Edu.
ResponderExcluirBoas palavras, meu amigo. Todas elas dosadas para um bem maior. É como um grande homem disse certa vez: "O sofrimento é inevitável. O negócio é escolher por quem vale a pena sofrer".
É um pouco do que sigo. =)